Google e o futuro da notícia

Em um panorama sobre o futuro da notícia, o jornalista argentino Miguel Wiñazki se referiu à proliferação de geradores de conteúdo alavancada por plataformas como o YouTube ou Blogger e ao impacto que essas exercem na informação.

"A censura faleceu", disse Wiñazki, durante o terceiro Google Press Summit, reunião anual organizada pelo Google com jornalistas da América Latina. Wiñazki ilustrou seu comentário com o caso dos cidadãos iranianos, que, no ano passado, divulgaram seus protestos ao gravá-los em seus celulares e ao fazer o upload desses para o YouTube logo após as eleições presidenciais desse país. Wiñazki lançou a pergunta sobre qual será no futuro a definição de jornalista, em face da generalização dos produtores de conteúdo atualmente observada.

Rodrigo Velloso, Gerente de Desenvolvimento de Negócios do Google na América Latina, debateu a possível responsabilidade de empresas como o Google na atual crise enfrentada pelos tradicionais meios de comunicação, em particular os gráficos.

Velloso enumerou as causas que provocaram a crise desses veículos, tais como a redução nas assinaturas e a perda de anunciantes em seções bastante rentáveis, como os classificados ou suplementos de automóveis, ou de turismo, que foram ofuscados por ofertas similares na Internet.

"Algumas das fontes de anunciantes mais importantes dos meios diminuíram muito rapidamente", disse Velloso.

Por sua vez, Velloso relembrou que o Google.com e o Google Notícias direcionam bilhões de cliques por mês a websites de meios de comunicação, um grande tráfego que fica à disposição dos veículos, além de frisar que o Google não obriga os meios a permanecerem no mecanismo de pesquisa nem no Google Notícias. Por último, ele descreveu diferentes produtos do Google destinados ao aprimoramento da experiência de leitura das notícias on-line, tais como o Google Fast Flip ou o Living Stories, cujo foco é ajudar os meios de comunicação a manter e monetizar seus leitores.

"Queremos estar associados à solução do problema enfrentado pelos meios de comunicação. Já fazemos bastante e queremos fazer ainda mais", disse Velloso.

Fonte: Blog Google Brasil

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