Quem tocará o barco no futuro?
Posted On quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009 at às 08:00 by José Felipe Jr.Organizações brasileiras ainda mantêm baixo índice de programas formais em sucessão de pessoas
Pesquisa da DBM consultoria em parceria com a ACTA Educação revelou que 52% das empresas analisadas não dispõem de qualquer método, política ou procedimento relativo ao tema sucessão. O índice piora quando separadas as companhias brasileiras, apenas 26% contam com algum programa na área.
"De forma genérica grande parte das companhias brasileiras ainda não percebeu ou não agiu diante da necessidade de pensar sucessão como algo importante para o crescimento e perenidade de seus empreendimentos. Isso gera contextos delicados quando alguém com muita informação e conhecimento da organização, por algum motivo, a deixa sem substituto. É uma situação que promove prejuízos invisíveis.”, diz Claudio Garcia, presidente da DBM consultoria.
Segundo a pesquisa, as maiores empresas em número de funcionários são as que mais possuem um plano formal de sucessão. De acordo com os dados, das 103 companhias pesquisadas que reúnem mais de cinco mil funcionários, 69% adotam regras formais para sucessão de profissionais. Entre as organizações com
"A maior parte das empresas com grande número de funcionários já passou por vários ciclos de desenvolvimento e, por isso, tem conhecimento mais claro sobre a necessidade de se gerenciar a sucessão. É isso que faz com que elas sejam as que mais assumem a necessidade de ter um plano de sucessão definido", diz Garcia.
Sobre a ausência de processo sucessório dominar o cenário, a maior parte dos executivos pesquisados (70%) informa que, em caso de promoção, contam com um sucessor treinado e capaz de assumir suas funções, o que sugere que existe a preocupação entres os executivos sobre o tema. Entre as empresas com processos formais, a taxa é de 85%; já entre as que não contam com um método para isso, a situação vale para 57%.
Na maioria dos casos, os executivos pesquisados informam que seus sucessores podem assumir sua função no curto prazo: para 14% dos pesquisados, seus potenciais sucessores podem fazer isso imediatamente; para 27%, em até seis meses; e para 30%, em um ano.
A pesquisa, realizada pela DBM consultoria em parceria com a ACTA Educação, analisou 308 empresas de pequeno, médio e grande porte de capital nacional ou multinacional que operam no País. Para o levantamento, foram ouvidos executivos em cargos de gerência, diretoria, vice-presidência e presidência.